sábado, 19 de dezembro de 2009
SÓS
Para quê ocultar
O que em nós existe...
Quando sabes estar
O desejo subsiste.
O tempo tem raça
A memória perpassa,
Tu existes em mim
Simplesmente...assim!
Talvez sim, talvez não
Até podes abrir mão
Quem sabe um dia
Vivamos uma orgia.
Deseja-lo tanto...
Que não o ensejas
Sei que não sou um santo
E por isso me desejas.
Sei que para ti sou
Um mito a desvendar
Sabes que p'ra onde vou
Por ti estou a passar...
Podemos calar a voz
Que contudo sabemos
Que ambos nos temos
Quando estamos a sós...
F.P. ©
Porto, Dezembro de 1995
Foto: www.olhares.com
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