sábado, 10 de janeiro de 2009
FALÁCIAS
O tempo vai passando
Na sequência natural
Cambaleando, anormal
Por si só, divagando
De um devir transmutado
Em périplos constantes
Passos funestos, errantes
Num passar malfadado
Os factos sucedem os ventos
Vagueando na brisa da manhã
Qual aurora travestida de sã
Em vãos de escada, momentos
Quando olhamos, extasiados
Vemos apenas uma aura de luz
Como leigos diante da cruz
Que amamos sem sermos amados
Agora que o tempo se finda
E as águas inertes se agitam
Mil sóis e luas nos orbitam
Que mais nos restará, ainda?
Fernando Peixoto ©
Porto, Novembro de 1999
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8 comentários:
Olá Fernando,
Passo para ler os seus sentires, insondáveis.
Parabéns por prosseguir neste caminho da poesia, com determinação.
Beijinhos.
Branca
Meu querido Fernando,
Como sabes brincar com as palavras, com as emoções, como se a vida fosse sempre um circo!
Grandes falácias nos cercam e se não levássemos a vida como um circo...
Beijinhos,
Tucha
Olá Fernando, seu blog continua ótimo.
Apareça para um cafezinho...
Abração do Zé Carlos - BR
Professor,
Ler essa capacidade tremenda de nos fazer reflectir é obra...de mestre!
Mais do que escrever, orienta pensamentos e isso abre luzes numa sociedade cada vez mais obscura.
Obrigado!
Um grande abraço,
Ruben Santiago
Fernando querido,
Que prazer ler este poema!
O tempo passa, sim... divagando... sempre lento, ou tão fugaz, enquanto cambaleamos sobre a corda de seu arco que nos arremessa por órbitas jamais imaginadas!
Falácias?
Um abração com meu aplauso!
Sylvia
Boa noite
Passeando entre as curvas da casa do querido zé encontro textos belos.Seus textos são doces e rebuscados.Delicadamente,Érika
Fernando,
Vou passando sempre por aqui, algumas vezes em silêncio, mas acompanhando sempre o seu sentir.
Um abraço amigo.
Branca
Olá Professor!
Falamos tanto em si, nem imagina quanto!Hoje, decidi vir ao seu blog para estar um bocadinho consigo, assim consiguimos enganar as saudades.
Venha visitar os seus "filhotes". Espinho,não fica assim tão longe!
Não se esqueça de nós.
Do seu discíplo.
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