domingo, 8 de novembro de 2009

AMAR








Ir e voltar

Emergir

Saber estar

Imergir

Escapar e sorrir.

Saltar, beber

Falar

Escrever

Perorar... e ter.

Saber...ver

Analisar, prever

Pensar

Escutar, calar

Mas conter.

Dormir, acordar

Despertar

Sentir

Vir e aguardar

E fruir.

Desejar...atingir

Rir e chorar

Influir e ansiar

Sentir

Regressar e sumir

Enfim... amar.




Fernando Peixoto ©


(Fevereiro de 1995)

6 comentários:

Anónimo disse...

Professor

Finalmente vim cá visitá-lo. Já tinha, de facto, vindo cá embora só agora tenha tido tempo para comentar.
Espero que esteja tudo bem com o Professor "Guru"...
Muito interessante este blog, tem côr, dinâmica, movimento, e fala sobre vários temas. Apesar de gostar de política como o Mestre, a sua poesia é fantástica, para não dizer já inimitável.
Espero um dia aprender com a sua "elegância" pois nas suas aulas aprender mais era impossível.
Vou voltar muitas mais vezes.

Um abração.
Hélder Silva

Anónimo disse...

Engenheiro,

Como tem andado?
Embora escreva pouco aqui no blogue, quando o faz arrasa. Belo poema, bastante sentido, (já de 95?!), sabe bem reflectir um pouco nestes tempos agitados.
Um abraço.

Pedro Costa

Professor disse...

Fernando, como tem andado?

Por aqui, vamos indo tentando regular a saúde, não vá ela pregar mais umas partidas.
O trabalho acelerado, o teatro stressante, a família o costume...
Numa das várias visitas, reli o seu «Amar» que, por sinal, já conhecia. Mas enquadra-se perfeitamente neste contexto, ainda por cima depois da nossa última conversa.
A forma como você aborda as questões é de uma argúcia tal que chega a ser intrigante, contudo, temo que certas pessoas não tenham a capacidade nem a destreza mental de o acompanhar...mas, valha-nos nós próprios, pelo menos.
Vá "perorando" mais que bem falta faz nesta blogosfera que abunda em quantidade mas peca em qualidade.

Um forte abraço,

E.M.

Anónimo disse...

Fernando,

Finalmente, um novo poema. (bela imagem no post)
Raios partam o trabalho, que não te deixam criar nem dar asas a esse talento!
De qualquer das formas, é sempre bom visitar-te, já que pessoalmente é cada vez mais difícil sentir-te...
Um beijo grande,

Tucha

Especulador-Mor disse...

Caro Fernando,

O seu blogue está melhor que nunca. Apenas agora pude comentar convenientemente mas admito que apreciei bastante. E, sempre que puder, cá voltarei com todo o gosto.
Sabe, tenho de me dedicar mais ao meu, mas passe por lá e dê um comentariozinho.
Um grande abraço.

António Borges

Sylvia Cohin disse...

Olá, Fernando!

Eis-me aqui em estado de graça ao ler-te neste poema encantador!
Aparentemente simples, é o extrato do pensamento na forma mais suscinta e objetiva. Sem metáforas, o verbo é Verbo!
E para saudar o teu poema, deixo-te outro, síntese de tua síntese!
Grande abraço desde o Patropi...
Sylvia Cohin

O PEQUENO VERSO

Um verso pequeno,
De palavra incerta
E de significado
Insignificante,
É certamente um verso
Mais que suficiente
Pra ser como um Davi
Diante de um gigante...
Um verso minimo,
De palavra torta
E mal escolhida,
Tem o impressionante
Poder de conduzir
A carne morta
À vida além da vida
E mais adiante...
Um verso todo
De palavra quase,
Mesmo sem sentido,
Tem um tom triunfante...

(De Luis Tavares, Campos/RJ/Brasil)