quinta-feira, 10 de junho de 2010

HOMEM












Espécie única, indefinível


Sensorial e cognitivo


Racional, intuitivo


Porventura imperceptível.


Todos os seus gestos


Polvilham mil desejos


Em que mesmo nos ensejos


Disseminam os seus restos.


Entre alegrias e tristezas


Por caminhos sinuosos,


Ressurgem anseios vigorosos


Mesmo fermentando tibiezas.


Por mais epítetos lançados


Jamais será compreendido


Porque ele vive e sonha, sentido


Num simples lançar de dados.


É esta a realidade crua


Nas passadas inquietas da vida,


Dessa vida irremível e tida


Como espuma despida e nua.





Fernando Peixoto © 2001



Fotografia de Jorge Feteira - www.olhares.com

7 comentários:

Anónimo disse...

Professor Fernando Peixoto,

Em boa hora aqui vim. Poesia de referência, grande inspiração e qualidade superior.
Voltarei com todo o gosto.

Um abraço.

Rui Faria

Anónimo disse...

Professor,

Que grande surpresa encontrá-lo aqui!
Temos poeta!
Como sempre, não pára de surpreender com um talento único...

Beijinhos.

Sofia Carvalho

Anónimo disse...

Professor Peixoto,

Aproveito para lhe dar os parabéns pelo talento e pela classe.
A Sofia acabou de me mostrar o seu blog e está fantástico.
É um poeta de grande talento que temos de acompanhar mais de perto.
Parabéns pelo dom.

Um grande beijinho,

Isabel S. Santos

Anónimo disse...

Professor,

Fez uma bela homenagem ao ser humano. A poesia é uma arte e o Professor o «verdadeiro» artista.
Só falta um poema dedicado ao futebol. Para quando, agora que estamos em tempo de Mundial?

Um abraço.

Tiago G.

Professor disse...

Fernando,

Numa noite de insónia, resolvi fazer uma ronda poética nesta esfera cibernética.
Nem imagina o bálsamo que me fez, ler esta verdadeira obra de arte, este seu "HOMEM".
Obrigado pela partilha, pela amizade, pela arte, mas essencialmente por ser um HOMEM maísculo.

Um grande abraço, com admiração genuína.

E.M.

Anónimo disse...

Professor, como tem andado?

Nada tenho sabido de si, mas tem de publicar mais. Os seus poemas são hinos à arte.

Um enorme abraço.

Ruben

Anónimo disse...

Professor, Mestre, Guru...

Aqui o Ruben esqueceu-se de me mencionar mas eu não posso admiti-lo. Tenho de lhe mandar daqui o meu beijinho e o meu aplauso pelo talento.

Beijinho grande,
Andreia