domingo, 23 de maio de 2010

INTROSPECÇÃO





Está tudo tão claro

É tão raro...

Estar assim.

Parece que o tempo pára

Está tudo assim

Estranhamente frio

Luzidio e triste

Como arma em riste...

Parece um rio

Que aflui em mim.

É um espaço reflectido

Que deriva p'ró mar

Espectro vivido

Que sabe escutar.

Perpetuado em mim,

Silêncio que menstrua

Comunica e desagua...

Simplesmente assim.



Porto / 1996


Fernando Peixoto ©

2 comentários:

Anónimo disse...

Professor,

Mais uma vez, um poema fantástico.
Bela reflexão, dá mesmo que pensar...
Beijinhos,

Catarina Dias (CD)

Anónimo disse...

Professor Fernando Peixoto,

Mais uma vez, um poema de eleição.
A sua poesia é verdadeiramente contagiante. Continue sempre a deliciar-nos...

Um grande beijinho,

Rita Alves (P/B...)