
Abraço
Um para ti
Outro para mim
O mesmo para nós
Estende-se ao ignoto
Complacência divina
Em parcos corações
O pássaro canta
Primavera em flor
Miragem que encanta
Anestesiando a dor
Um abraço
Para a luz
Para a semente que germina
Na minha aldeia
Na minha cruz
Um abraço
Que se estende ao infinito
Por entre crenças da alma
Uma espécie de rito
A atracção pelo mito
Um abraço...
Eu dou.
Fernando Peixoto © (1994)